28/10/2009

rosas em mar de espinhos

Só admito estar ao pé de ti sempre e só junto a ti se te puder beijar os lábios, acariciar o palato com a língua e conhecer todas as palavras na troca da saliva que fazemos. Transformar o teu corpo num abraço de querer, como só eu soube e sei fazer. E respirar. O cheiro que sentia a fome, feito na pele, da pele que cheirava, e, também, o sexo claro, porque teu. E, finalmente, saciar-me na recompensa da tua capacidade de acolhimento, piscares-me um olho cúmplice, sorrires e receber o meu amor. Todo. Porque esta é única existência que conheço e sei. Porque a vida não é um mar de rosas, ainda bem porque os espinhos aleijam.

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